Sou madeira de lei ninguém vai me derrubar
Chapo Chapinha, aqui é Z? África você pode acreditar.
Aí, como é que é, como é que tá, o lance agora é
versar.
A lei do morro é ver ouvir e calar
Demoro mais chego o dom do verso é o som
Soul do HIP HOP, e o HIP HOP, é o berço da
transformação.
Sangue bom, cheque-mate, é como um vírus explosivo.
Um racker anti-sistema, sugo o sangue do vampiro.
Verso inédito é novas, a nova rima urbana.
Você tá ligado, Maria é Maria, Rhuana é Rhuana.
Gueto maníaco, não um gueto super star.
Ou um pasquim do ano 2000, direto já.
É passado, rimas atualizadas ou um manipulador de
rimas.
Roda viva rima palmarina, instrutor das esquinas.
Aluno das ruas e se for preciso atravesso o deserto
versando
Como se fosse um cometa Haley ou cérebro mecânico
Com minha rima te prendo na masmorra, te faço de gato
e sapato.
Passarinho que abraça idéia de morcego dorme de cabeça
pra baixo
Rima versátil, levadas de louvor, rimei até com Cristo
Redentor.
Bem vindos ao mundo das rimas, pois até quem não é de
rimar rimou.
HIP HOP RUA, Chapo Chapinha.
Aqui é Z?África, o papo é cabuloso (se ligo veio)
Grande otelado, intitulado em rimatorgia urbana.
Monólogo rimágico rima fulminante, tecnologia
contemporânea.
Com minha rima batizei Matusalém, peregrinei de Egito
a Jerusalém.
Liberdade quase será também, quase não faço guerra
como Russem.
Com minha rima te faço refém em plena ditadura
camuflada
Faço coleção de figurinhas carimbadas nesse
neoliberalismo de jaulas
Pacifiquei a segunda guerra mundial, comi carne de
canibal.
Apaguei três estrelas com um sopro, e virei destaque
principal no jornal.
nacional
Matei três coelhos com uma cajadada só, amestrei o
primeiro cão de guarda.
Enlouqueci o hospício, e o Mister M não revelou minha
rimágico.
Ensinei o Tarzan a comandar a selva, a mulher de
verdade era a Amélia.
Com o meu olhar fiz a Medusa virar pedra e legalizei a
famosa erva
Malandro demais vira bicho, fecharam o paletó do dedo
duro.
tô vendo tudo não tô vendo nada, ladrão que entra na
casa de pobre só leva.
susto
Não carrego embrulho e também não entro em fila
Um bom malandro sabe muito bem o que fazer com suas
rimas
Os Tons de Elis são Veloso e Morais seguindo a lei de
Science
HIP HOP aqui dá Sul, Gil, Thaíde e DJ Hum, o Benjor,
Tim e Marley.
Tal Buarque, Racionalizando achou a Pérola Negra no
meio dos Bezerras
E os da Silva tão Originais, Zafricalizaram, um HIP
HOP de mesa.
HIP HOP RUA, Chapo Chapinha.
Aqui é Z?África, o papo é cabuloso (se ligo veio)
Alô gente, tudo bem tudo legal exija o original, HIP
HOP Nacional.
Rima vinda das favelas, hino de repressão, reciclagem
verbal e moral.
Sabe qual que é a nossa rima é violenta por natureza
O chefe da guarda ou o caçador cuida bem de sua presa
Sou como um fiel escudeiro ou um sacerdote das rimas
Um matemático periférico, também contrariando as
estatísticas.
Violaram a lei da liberdade, no fim e no começo do
século.
Rima em manifesto, eclipse oculta tentando ficar
distante do cemitério.
Crescem impérios, o valor humano se desvalorizou com o
crescimento da moeda,
Grande merda
Enquanto o Batman tenta salvar a terra
O Coringa e seus vilões fazem a festa
E como diz a lenda, chapéu de otário é marreta.
E malandro que já tá ligado, fica apaziguado e não se
mete a besta.
Eu te passo a letra, o movimento HIP HOP ainda é o
protagonista.
Freestylizei com Sansão e Noé, e derrubei Calígula na
rima.
Amansei boi bravo, coloquei pânico no senado, a noite
todos os gatos são.
pardos
O homem não mata quem mata é Deus, o homem só adianta
o trabalho.
HIP HOPIO, atirador de elite, provo e comprovo a minha
versatilidade.
Os brutos também amam, Chapo Chapinha, RAP é
malandragem.
Demoro você pode acreditar a rima festiva apenas
começou
Somente o verso e a rima continuaram, no dia em que a
Terra parou.
HIP HOP RUA, Chapo Chapinha.
Aqui é Z?África, o papo é cabuloso (se ligo veio)